Sempre fui uma criança gordinha, que veio de uma família de pessoas gordas. Quando cresci, perdi peso e tinha um corpo ok, porém por Transtorno Dismórfico, eu simplesmente não conseguia ver isso - pelo contrário. Me via cada vez maior e com constantes pensamentos de "é impossível ficar pior do que está". SPOILER ALERT: Não era. Comecei a ganhar peso novamente no início da minha adolescência e foi piorando até os 16 anos.
E então começamos a parte 2 dessa jornada: O Transtorno Alimentar.
Resolvi que queria emagrecer. Ponto. Não importava como e, realmente, deu certo. Ignorei minha saúde e emagreci muitos kgs em pouquíssimo tempo. Qual a consequência? Uma carbofobia exacerbada. Jejum era como o meu corpo era habituado a funcionar. Comia, basicamente, quando estava quase desmaiando - e não se deixe enganar pela palavra "comia", isso geralmente significava um pedaço de queijo. Aí então, a ansiedade (diagnosticada ainda na infância) estava descontrolada, não demorou até o quadro de Depressão Severa chegar e dai, foi só ladeira abaixo. Mas enfim, terapia é ótimo. Melhorei dentro do possível. Mantive meu peso por anos! (Sete, aproximadamente) Não era super magrinha, mas estava dentro do IMC normal. Porém, há dois anos atrás meu pai foi diagnosticado com Câncer de Pulmão Estágio IV. Foram 4 meses basicamente vivendo em um hospital e trabalhando. Comia o que dava tempo e o que dava - geralmente algo da lancheria do hospital. Logo, o falecimento dele abalou ainda mais o meu psicológico e eu continuei a comer para descontar algo que nem eu sabia o que era e atingi meu maior peso da vida (92,5KG) e então resolvi retomar o controle da minha vida! Baixei o APP e juntei tudo o que eu já aprendi de psicólogos, nutricionistas e médicos para buscar a minha versão mais saudável - física e mentalmente. Enfim, essa sou eu. E se você leu até aqui, saiba que eu te amo! Porque Ô textão! Boa sorte pra gente e que Deus nos abençoe!